domingo, 10 de março de 2024

O levantamento destaca as principais empresas fabricantes de módulos para o ano de 2023. Jinko, Longi, Trina e JA Solar permaneceram nas posições de liderança, mantendo sua presença constante desde 2019.

 

Ranking mostra as principais fabricantes de módulos de 2023

Fabricação de um módulo fotovoltaico. Foto: Freepik/Reprodução


A InfoLink Consulting divulgou recentemente o ranking das principais empresas fabricantes de módulos fotovoltaicos em termos de envios para o ano de 2023, destacando as tendências e mudanças significativas no mercado. A demanda global por energia solar continuou em ascensão, registrando um impressionante crescimento de 78% no volume de envios de painéis fotovoltaicos em comparação com o ano anterior.

As gigantes Jinko, Longi, Trina e JA Solar permaneceram nas quatro primeiras posições, mantendo a liderança desde 2019. Embora essas empresas tenham consolidado ainda mais sua posição, a InfoLink observa que aquelas com uma diferença de até 5% no volume de envios foram classificadas empatadas.

Destaques do Ranking:

  1. Jinko: Beneficiando-se da adoção precoce da tecnologia N-type, registrou um crescimento de 74% no primeiro semestre, reconquistando a liderança.

  2. Longi: Apesar de um crescimento anual de 48%, manteve uma performance estável e permaneceu na segunda posição.

  3. Trina: Empatada em segundo lugar com a Longi, alcançou um crescimento notável de 55% no último ano.

  4. JA Solar: Demonstrando estabilidade e uma presença constante no topo, registrou um crescimento de 46% em 2023.

  5. Tongwei: Destacou-se ao entrar nos rankings de módulos e células, apresentando um impressionante crescimento de 262%.

  6. Canadian Solar: Mantendo uma posição sólida por mais de cinco anos, consolidou sua presença no mercado.

  7. Astronergy: Com um crescimento anual de 108%, teve um aumento significativo no mercado interno e foi a segunda maior em envios de tecnologia N-type.

  8. Risen: Apesar de um crescimento mais lento, diferenciou-se como a única fabricante a entregar módulos N-type TOPCon e HJT.

  9. DAS Solar: Após se aproximar do top-10 em 2022, alcançou a nona posição em 2023.

  10. First Solar: Única fabricante fora da China, manteve um volume constante de 6 a 9 GW anualmente desde 2020, prevendo um crescimento de 29% neste ano.

  11. GCL: Retornando à lista após uma ausência em 2019, surpreendeu com um crescimento anual de 494%, o maior da lista.

  12. Yingli: Uma marca mais antiga, destacou-se nos leilões na China, com um crescimento superior a 100% em 2023.

  13. DMEGC: Focada no mercado europeu de GD Solar, experimentou um notável crescimento anual de 134%.

A InfoLink projeta um mercado aquecido para o futuro, com entregas totais atingindo 700 GW até 2024, sendo que novas tecnologias devem representar pelo menos 70%, podendo alcançar até 90 a 100%. A demanda por módulos também está estimada para crescer 11%, alcançando entre 460 GW e 519 GW.

Conquista de 200 GW na Geração de Energia do Brasil: Usina Boa Sorte I impulsiona a marca operacional.

 



A capacidade instalada na matriz elétrica brasileira atingiu um marco significativo, ultrapassando os 200 GW nesta quinta-feira (07), marcando o início das operações comerciais da usina fotovoltaica Boa Sorte I, localizada em Paracatu (MG).

Desse total, aproximadamente 84,25% provêm de fontes renováveis, enquanto 15,75% são provenientes de fontes não renováveis, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

No panorama atual, as principais fontes limpas que compõem a matriz energética do país incluem energia hídrica (55%), eólica (14,8%), biomassa (8,4%) e solar centralizada (6,4%).

Entre as fontes não renováveis, as usinas de gás natural lideram com 9%, seguidas pelo petróleo (4%) e carvão mineral (1,75%).

Sandoval Feitosa, diretor-geral da ANEEL, expressou a importância da marca de 200 GW como motivo de celebração para o Brasil. Ele destacou que, quando a ANEEL iniciou suas atividades em 1997, a capacidade instalada no país era de cerca de 60 GW, triplicando em menos de três décadas. Feitosa também observou que, há menos de 20 anos, fontes como a eólica e a solar, antes consideradas alternativas, não eram contabilizadas nas estatísticas de geração de energia, antecipando um futuro ainda mais promissor.

Além dos 200 GW em operação, a matriz elétrica do Brasil possui 169 GW outorgados em usinas ainda não operantes. Este montante inclui 132 GW de projetos de grandes usinas solares, 25,5 GW de empreendimentos eólicos e 8,4 GW de termelétricas. A previsão para este ano é um crescimento de 10,1 GW na geração de energia elétrica, representando o segundo maior avanço anual, ficando atrás apenas do crescimento de 10,3 GW em 2023, conforme indicado pela ANEEL.Além da expansão da matriz elétrica brasileira centralizada, o país registra um crescimento notável na oferta de energia por meio de projetos de micro e minigeração distribuída. Atualmente, esse segmento, predominantemente composto por sistemas de energia solar, conta com mais de 2,4 milhões de conexões concluídas e uma potência instalada superior a 27,7 GW.



A ANEEL explica que a distinção entre as potências de geração centralizada e distribuída ocorre devido ao uso diferenciado da eletricidade produzida por ambos os segmentos. Enquanto a energia centralizada é comercializada na CCEE, tanto no ACR quanto no ACL, a energia distribuída é prioritariamente consumida pelos proprietários desses sistemas, com o excedente lançado na rede da distribuidora para uso geral, mediante compensação na conta de luz.